Nesses dias, aqui em Santa Cataria, o clima mais frio já anuncia a proximidade do inverno. Em todo lugar quando assim acontece, o hábito de se aconchegar em casa e assistir um filme ou série fica ainda mais frequente, não?! Unindo isto com a oportunidade de praticar o italiano e conhecer produções recentes e interessantes fica ainda melhor. Este país que tanto nos conquistou, seja por quem traz a cultura enraizada através de sua ancestralidade, seja por quem se identifica por afinidade de coração, por vezes sem saber o porquê, e está tudo bem de toda forma, vem se destacando cada vez mais nas plataformas streaming e levando o seu olhar e forma de ser a todo o Mundo.
Venho então essa semana falar de uma série leve, porém bem elaborada no sentido das relações humanas, em fotografia, atuação e direção, trazendo também a cultura de uma pequena ilha no sul da Itália, chamada Procida, na região da Campania, província de Nápoles, e também da cidade de Nápoles, tanto no final da década de 90 como nos dias de hoje. Generazione 56K, em português Geração 30 e poucos, foi lançada em 2021, transita entre esses dois momentos e desperta de forma sensível nosso senso humano nas relações, por vezes esquecido atualmente, entre tanta velocidade ao viver e formatos digitais a conviver. Está na primeira temporada, bem avaliada pela crítica, tem 8 episódios curtos, tranquilos a maratonar ou a deixar pra assistir aos poucos a quem preferir.
Poderia ser apenas mais uma série de drama-romântico como as inúmeras americanas a que sempre fomos acostumados, mas além do olhar europeu diferenciado ao tratar suas produções, particularmente o meu preferido, a quem se permitir ampliar a percepção do que se vê e de fato sentir, ela ultrapassa a história dos protagonistas e traz o valor, que não devemos nunca perder, nas relações de amizade, familiares, entre gerações, perfeitas em suas imperfeições, assim como cada um de nós.
Uma oportunidade também de viajar ao sul da Itália, de viajar em conexões com algumas das histórias retratadas, de resgatar certos valores se perdidos, de se divertir, de se emocionar, de dar uma pausa à correria. Não bastasse, você pode ainda assistir sem legenda, se tem um nível mais avançado no idioma, com legenda em italiano, ou se iniciante, com legenda em português uma primeira vez, e nesse caso, assistir novamente somente em italiano.
Uma linguagem acessível a todos os níveis, com expressões cotidianas, paisagens e trilhas agradáveis. Na minha opinião também não tem faixa etária definida de público. Vale a todos que se interessem por viver de forma a valorizar relações. A quem acredita não curtir muito, preferir outros gêneros, convido a experimentar. Às vezes dizemos que não gostamos de algo que na realidade nos toca em um lugar que não desejamos mexer, mas é sempre válido quando conseguimos ultrapassar esta resistência e lidar também de forma emocional com a vida. Falo agora de um lugar de terapeuta e afirmo que a vida está aí repleta de oportunidades para nos fazer sentir, oportunidades essas que vão além de um divã. Já pensaram sobre isso?! Cada um tem o seu tempo, e ele deve ser respeitado, mas cabe a nós mesmos nos arriscar! Viver no raso é com certeza aparentemente mais seguro, mas nos priva das maiores descobertas e verdadeiras alegrias. Uma inocente série, aparentemente “água com açúcar” como costumava dizer a minha avó, pode ter bem mais a nos trazer. É preciso exercitar o olhar a ir além do que se vê, a sentir, se deixar tocar no que existe de real, e essa pode ser uma boa, leve e divertida oportunidade.
Generazione 56k , de Francesco Capaldo, é produzida pelo grande estúdio italiano Cattleya, com apoio da ITV Studios e distribuída pela Netflix.
Segue o trailler oficial e fica a dica! Até a próxima…
In questi giorni, qui a Santa Catarina, il clima più freddo annuncia già l'arrivo dell'inverno. Ovunque, quando è cosi, l'abitudine di coccolarsi a casa e guardare un film o una serie diventa ancora più frequente, non è vero?! Combinare questo con l'opportunità di praticare l'italiano e conoscere produzioni recenti e interessanti è ancora meglio. Questo paese che tanto ci ha conquistato, sia per chi porta la cultura radicata nei propri antenati, sia per chi si identifica per affinità di cuore, a volte senza sapere il perché, e comunque va tutto bene, si è sempre più distaccato sulle piattaforme di streaming e portando lo sguardo e il modo di essere degli italiani al mondo intero.
Quindi questa settimana parliamo di una serie leggera, ma elaborata nel senso delle relazioni umane, nella fotografia, nella recitazione e nella regia, portando anche la cultura di una piccola isola del sud Italia, chiamata Procida, nella Campanina, provincia di Napoli, e anche della città di Napoli, sia alla fine degli anni '90 che ai giorni nostri. Generazione 56K, in portoghese “Geração 30 e poucos, è uscito nel 2021, transita tra questi due momenti e risveglia sensibilmente il nostro senso umano nelle relazioni, oggi a volte dimenticate, tra tanta velocità di vivere e formati digitali con cui convivere. È nella prima stagione, ben valutata dalla critica, ha 8 episodi brevi, tranquilli da maratona o da guardare gradualmente per chi così preferisce.
Potrebbe essere solo un'altra serie drammatica romantica come le innumerevoli americane a cui siamo sempre stati abituati, ma con il modo europeo differenziato quando si tratta delle sue produzioni, in particolare la mia preferita, a cui mi permetto di ampliare la percezione di ciò che è visto e di fatto sentito, va oltre la storia dei protagonisti e porta il valore, che non dobbiamo mai perdere, nell'amicizia, nella famiglia, nei rapporti intergenerazionali, perfetti nelle loro imperfezioni, proprio come ognuno di noi.
Un'occasione anche per viaggiare nel sud Italia, per viaggiare in connessione con alcune delle storie raccontate, per salvare certi valori se persi, per divertirsi, per emozionarsi, per prendersi una pausa dalla fretta. Non solo, puoi guardarlo ancora senza sottotitoli, se hai un livello di lingua più avanzato, con i sottotitoli in italiano, o se sei un principiante, con i sottotitoli in portoghese per la prima volta, e in tal caso, guardalo un’altra volta solo in italiano.
Un linguaggio accessibile a tutti i livelli, con espressioni quotidiane, paesaggi e piacevoli sentieri. A mio parere, non esiste una fascia di età del pubblico ben definita. È per tutti che sono interessati a vivere in un modo che valorizzi le relazioni. Chi credi di non gradire, preferisce altri generi, faccio un invito a provarlo. A volte diciamo che non ci piace qualcosa che effettivamente ci tocca in un luogo in cui non vogliamo andarci, ma è sempre valido quando riusciamo a superare questa resistenza e affrontare anche emotivamente la vita. Parlo ora come terapista e dico che la vita è piena di opportunità per farci sentire, opportunità che vanno oltre al divano. Ci hai già pensato?! Ognuno ha il suo tempo che va rispettato, ma sta a noi rischiare! Vivere in acque basse è certamente apparentemente più sicuro, ma ci privo delle più grandi scoperte e delle vere gioie. Una serie innocente, apparentemente “água com açucar” come diceva mia nonna, potrebbe avere molto di più da darci. È necessario esercitare lo sguardo per andare oltre ciò che si vede, per sentire, per lasciarsi toccare da ciò che è reale, e questa può essere un'occasione buona, leggera e divertente.
Generazione 56k, di Francesco Capaldo, è prodotto dal grande studio italiano Cattleya, con il supporto di ITV Studios e distribuito da Netflix. Segui il trailer ufficiale mi raccomando! Arrivederci…
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